quinta-feira, 31 de maio de 2012

Gosto do mar; e você? ABBV, marketing e blogueiros




Silvia Maria Nascimento, @silvianasci

Esta semana tivemos a boa notícia da criação (e a consequente elaboração de um código de ética) da Associação Brasileira de Blogs de Viagem  (ABBV), que chegou com a assinatura dos principais veículos de comunicação na internet voltados para os temas viagem, turismo e lazer. Novata que sou como blogueira, mas conhecedora da seriedade de nomes que vi à frente da instituição, embarquei direto, sem salva-vidas, e estou gostando do que leio por lá. Além das orientações, da possibilidade de associação e ter o selo da entidade, da troca de informações, da formação de uma rede de experiências (o que conheci navegando nos posts do Viaje na Viagem), a ABBV já nasce firmando posição ao manifestar-se sobre a promoção de uma operadora de cruzeiros marítimos que incentiva blogueiros a escrever sobre um novo navio (sem vê-lo pessoalmente).

A posição da associação visa fortalecer a credibilidade dos blogs junto aos seus leitores. É norma: só escreva sobre o que experimentou. O que não exclui, na minha humilde opinião, noticiar o que vai acontecer ou o que aconteceu. Começamos com o pé (ou dedos no teclado) direito e podemos continuar assim. Proponho o diálogo. Podemos orientar as nossas fontes sobre o nosso veículo de comunicação e ouvir das empresas sobre os seus serviços e produtos sem criar arestas. A troca de informações e orientações devem nortear todos os trabalhos.

Vejo a chegada da ABBV como um elemento para ratificar a seriedade com que os blogueiros que atuam no tema turismo conduzem o seu trabalho. E para dar segurança ao leitor sobre as indicações, o que vem com o código de ética dos associados à instituição. A nota foi pertinente mas proponho este diálogo para que os assessores de comunicação social (imprensa, relações públicas, marketing e publicidade) das empresas, em contato com algo aparantemente novo comecem a compreender o real sentido do blog de viagem (e de outros temas) como canal de ligação com o público.

Aos poucos, com este diálogo, entenderão, as empresas, ser muito mais produtiva a mídia espontânea através da boa prestação de serviço ao cliente; e, nós que escrevemos, a informação e opinião que ajude e oriente na escolha de quem viaja, sem interferências nos seus desejos e sonhos. Sugiro à armadora uma promoção pedindo ao público que viaja em cruzeiros que conte as suas experiências (engraçadas, tristes, românticas, festivas, em grupo, a dois, do passado, do presente) com a navegação. Não é algo novo, mas funciona.

Gosto do mar. Gosto de navegar (embora sofra de enjôos em navios, aviões, ônibus urbanos, carros em pistas de corrida com pilotos profissionais e tudo o que chacoalhe muito) e sempre fico tentada a fazer textos sobre as minhas experiências com o mar, seja praia, navio, barca Rio-Niterói, ferry-boat (como nós, baianos, chamamos a embarcação que faz a ligação) Salvador-Itaparica, o barco de pesca do avô na Baía de Guanabara e por aí vai. Acho uma experiência maravilhosa (daqui a pouco vou contar algumas que tive). A posição está posta. Ao entendimento, gente!

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