sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cenários, artesanato e comidas típicas:primeiro dia do salão

Marinalva, Lívia, Tupia e Itaitalha posam no cenário da Chapada (Ciclorama)

À primeira vista pode até parecer que o II Salão Baiano de Turismo é um evento somente destinado a profissionais da área, para discussões em torno dos destinos turísticos do estado. Há mesas redondas e debates, rodadas de negócio e muitos folhetos espalhados sobre balcões com o objetivo de atrair os olhos dos jornalistas especializados, blogueiros, agentes de viagem, empresários do setor. No entanto, para o público, é uma viagem com pequenas amostras do que a Bahia tem a oferecer.

A entrada é gratuita: só aí já é um bom motivo para visitar. Há barraquinhas de comidas, doces e bebidas típicas; pra vender, tudo bem, mas pelo menos em um só lugar pode-se comer beiju recheado com doce ou salgado (ou tapioca, como queira), carne-do-sol (quer algo mais típico), licores diversos, mingaus e acarajé.
Assistente social de Paulo Afonso e tapeçaria do projeto Arte de Tecer

Alguns estandes de municípios, como Paulo Afonso, cidade do Norte da Bahia, o destaque foi  a tapeçaria artesanal, em linha de algodão. O mérito do trabalho é que é feito por mulheres em situação de risco (vítimas de violência doméstica), assistidas através do Programa Social do município Arte de Tecer, com apoio da Secretaria de Educação do município. De acordo com o diretor de turismo, Marlos França, a tecelagem artesanal é um dos fortes de Paulo Afonso, principalmente no pólo do distrito de Malhada Grande, que há mais de 50 anos, afirma, exporta trabalhos para países como Itália, por exemplo.

Vários exemplos do artesanato da Bahia estão em exposição 

Outro estande imperdível é o de Maragogipinho, com a arte cerâmica famosa pela divulgação através da Feira dos Caxixis, de Nazaré das Farinhas. Mas ao contrário do que muitos pensam, alerta o artesão Duti Araújo, as peças não são produzidas em Nazaré, mas em Aratuípe, do qual Maragogipinho é distrito. Segundo ele, pelo menos 95% dos cerca de três mil moradores do distrito vivem da arte da cerâmica. Algumas peças de decoração e utilidades para a casa estão à venda, com preços variando entre R$ 15 e R$ 50.

Artesão de Maragogipinho levou artigos em cerâmica para vender
Caso queira saber como as peças de tapeçaria, rendas e cerâmica são feitas, há duas opções: o estande de Saubara (município da região turística da Baía de Todos-os-Santos) que fará demonstração de confecção da renda de bilro no domingo, 14, ou visitar o estande destinado ao Turismo Rural, onde a professora e artesã Simone Assis manipula um tear (e até domingo produzirá um tecido matizado de quatro metros), a professora e artesã Lode demonstra como se faz a renda de bilro, e o professor Newton produzirá no torno, uma peça de cerâmica por dia.

Estande do turismo rural: artesã demonstra o manejo na arte do tear

O II Salão Baiano de Turismo, no Centro de Convenções da Bahia, Praia de Armação, vai até domingo, 14, a partir das 14h, com entrada gratuita.

Nem o secretário de Turismo Domingos Leonelli resistiu  ao som do Rixô Elétrico

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