quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Casa do Benin reabre com exposição de artistas baianos

Artistas do Pelourinho são os primeiros a expor trabalhos na Casa do Benin


Reinaugurada na última quinta-feira, 3, a Casa do Benin já pode ser visitada pelo público de Salvador e como uma de suas primeiras atividades, após a restauração, o equipamento cultural apresenta a exposição “A Casa do Benin no Olhar do Artista do Pelourinho”, sob a curadoria do morador e artista Frank Bahia e que reúne diversas obras de moradores e artistas radicados no Centro Histórico.

A mostra - que pode ser conferida até o dia 3 de fevereiro do próximo ano e, de forma bastante justa privilegia os artistas radicados no famoso bairro - inaugura um espaço para exposições temporárias na sala batizada com o nome da arquiteta (e autora do projeto da Casa do Benin) Lina Bo Bardi.

Por sinal, para quem quiser conhecer mais sobre ela, no dia 19 será inaugurada a “Expo BA/58-64” - uma série de maquetes das construções realizadas pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi em Salvador.


Lina Bo Bardi nasceu em 5 de dezembro de 1914, na Itália, onde formou-se, em 1939, na Faculdade de Arquitetura de Roma. Em 1958, veio a Salvador para conferências na Escola de Belas Artes da UFBA. A capital baiana contou com vários projetos de Lina, como as instalações provisórias do MAM-BA no foyer do Teatro Castro Alves (1960), o Plano de Recuperação do Centro Histórico de Salvador (1986), do qual foi concretizado o Belvedere e o Teatro Gregório de Mattos, a Casa do Benin e a Ladeira da Misericórdia (1987) e a Casa do Olodum (1988). Lina morreu em São Paulo em 20 de março de 1992.

É fascinante entrar e sentir o "clima" dos casarões antigos da capital baiana

Mas, além destas duas, o público há outras atrações para ver no casarão histórico - e aqui faço a minha observação de sempre, que é o fato de poder entrar nas residências da antiga Salvador e vivenciar o clima de época que nelas pode ser sentido. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h.

O casarão branco destaca-se em uma das esquinas do Centro Histórico de Salvador

A Casa do Benin fica na Rua Padre Agostinho Gomes, esquina com o pé da Ladeira do Pelourinho. Sua estrutura foi completamente recuperada pela Prefeitura do Salvador.


Lá o visitante encontra a exposição permanente de obras catalogadas por Pierre Verger no Espaço Museal, no andar térreo. No segundo andar, funciona o auditório Gilberto Gil, com capacidade para 60 pessoas. Já no anexo tem o Espaço Gourmet Ilê Nagô, um palco para pequenos shows, além do terraço que pode ser utilizado para reuniões de cunho artístico.


Das janelas, uma bela vista da Ladeira do Pelourinho e da lateral da Igreja do Rosário


As obras de restauração duraram cerca de sete meses, com investimento municipal de R$ 320 mil, informa a Prefeitura de Salvador.

No acervo obras que enfatizam a cultura africana e sua similaridade com a de Salvador

Paredes, azulejos e piso foram restaurados, além da reabilitação das estruturas de concreto atingidas por oxidação, do tabuado de madeira, da alvenaria aparente e das grades e balcões, entre outras melhorias. O equipamento cultural é de responsabilidade da Fundação Gregório de Mattos.

Prefeito ACM observa obras da exposição permanente do centro cultural
O prefeito ACM Neto destacou a estreita relação de Salvador com o continente africano. “A Casa do Benin pretende ser, ainda, mais um importante local de divulgação da cultura africana no Brasil, atraindo turistas do Brasil e do mundo”, afirmou. (Fonte: Agecom. Fotos: Max Haack/Agecom)

Serviço
O quê: Casa do Benin (exposições permanentes e temporárias)
Onde: Centro Histórico de Salvador (Rua Padre Agostinho Gomes)
Quando: aberta de segunda a sexta-feira, das 10 às 18h
Quanto: entada gratuita

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