domingo, 10 de fevereiro de 2013

Atravessar bloco de carnaval dá o maior trabalho


Atravessar o bloco As Muquiranas para chegar ao local de trabalho é um trabalho. Inventei de fazer isso neste sábado (9), na passarela oficial do Campo Grande (Circuito Osmar), para evitar a multidão e ganhar tempo, mas só dentro das cordas é que me dei conta da péssima ideia, a de tentar ultrapassar tantas barreiras de "afrodites" de quase dois metros. Fiquei com a ligeira impressão de que eles escolhem os associados pela altura. 

Barreiras a parte, apesar de terem me oferecido grãos de milho durante quase todo o percurso (não entendi porquê) eles até que foram gentis: ninguém aspergiu água ou espuma no meu "uniforme" de trabalho, uma brincadeira tradicional do bloco de travestidos em todos os carnavais.

Estava me sentindo sem saída quando passou uma fileira dos homens da equipe de apoio e pensei: "é aqui que vou me apoiar" e fui logo botando a mão no ombro de um deles e perguntando se poderia segui-los. A minha atual cara de "tia" ajudou: "pode sim, senhora" e lá fui eu, em fila indiana.

Mais adiante, quando o da frente fez o retorno, para continuar fiscalizando o bloco do outro lado ao que eu deveria seguir, o último me passou para outro e assim, empurra daqui, empurra dali, cheguei à entrada da passarela oficial, já que segui na direção contrária à da que seguia o bloco para ganhar a avenida.

Ufa, ainda bem que cobertura de Carnaval não é cobertura de reunião do G-8: pude chegar aos pedaços na "redação" mas ainda deu tempo de descansar, beber uma água e sair de novo, em busca do trio elétrico de Armandinho Dodô e Osmar. E achei!

Tradicionalmente, o sábado de Carnaval no circuito do centro da cidade, o Circuito Osmar, em Salvador, é dedicado aos blocos de travestidos. As Muquiranas é um dos mais antigos, mas o turista via encontrar muitos outros. O tema este ano foi a deusa do amor, Afrodite. A fantasia ficou linda! A principal brincadeiras dos integrantes é atingir os foliões com as pistolas de água, vendidas pelos ambulantes. Virou algo tão tradicional quanto os Filhos de Gandhi trocarem colares de contas por beijos. As pistolas custam entre R$ 5 e R$ 25. O bloco ainda desfila na segunda-feira (11) e na terça (12, no mesmo circuito, no Carnaval de Salvador. Sim, vou evitar passar por eles quando estiver indo para o trabalho! (Mais tarde posto umas fotos)

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