Outro dia, procurando livros para os meus estudos sobre a Bahia, ouvi do vendedor/atendente de uma famosa livraria de um famoso shopping de Salvador a seguinte frase: "história da Bahia não existe". Quase tenho uma síncope, igual àquelas que tinha um personagem de humor da tevê cada vez que alguém falava uma bobagem perto dele. Perguntei, meio espantada: "como é que é?" Diante do meu espanto, ele consertou a informação, afirmando que o que quis dizer é que não existiam livros de história da Bahia naquela livraria. "Ah, bom", respondi. O certo é que o rapaz da livraria está errado e a prova é o lançamento, logo mais, às 19h, no auditório da Unime, em Lauro de Freitas, de mais três publicações abordando fatos históricos do nosso estado. Confira a seguir...
O lançamento faz parte da Coleção "Tempo Antigo: Memórias da História Bahiana”, com publicações raras em três exemplares: Resumo Chronólogico e Noticioso da Província da Bahia desde o seu descobrimento em 1500 (José Alves de Amaral, 1922), Tempo Antigo (João da Silva Campos, 1942) e Epopéia Itaparicana (Bernardino Ferreira Nóbrega, 1823). A publicação é da Editora Livro.Com, com apoio da Fundação Pedro Calmon e Secretaria de Cultura do estado.
"O nosso objetivo é resgatar episódios passados da história da Bahia que permitirá aos leitores compreender o presente", explica a produtora cultural Márcia Tude, uma das idealizadoras do projeto. “Quem não conhece a sua história, fica privado dos seus referenciais, das suas raízes”, destaca.
De acordo com a Fundação Pedro Calmon, os trabalhos foram selecionados pelo historiador e escritor Gildásio Freitas, entre diversos títulos raros da sua biblioteca pessoal. Ele explica que a obra Tempo Antigo foi escrita por João da Silva Campos, na década de 30, e registra o estado de abandono do então distrito de Salvador, Santo Amaro de Ipitanga (hoje a cidade de Lauro de Freitas). Epopéia Itaparicana, do escritor e doutor Bernardino Ferreira Nóbrega, narra os fatos como testemunha ocular na época das lutas da Independência da Bahia em 1823.
Para quem não pode ir, logo mais, à Lauro de Freitas, a Fundação Pedro Calmon informa que os lançamentos acontecerão também no dia 17 de outubro, no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, em Salvador; na Feira Literária Internacional (FLICA), de 23 a 27, em Cachoeira; e em Itaparica, no dia 8 de novembro, às 16h, na Biblioteca Juracy Magalhães Junior. (Com informações da Fundação Pedro Calmon)
Nenhum comentário:
Postar um comentário