quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Suntuosos palácios baianos são museus: visite

Palácio Rio Branco ganhou atual fachada após bombardeio

Quem não gosta de entrar em palácios e imaginar como é a boa vida em largos salões, as festas e decisões ali tomadas. Temos dois interessantes palácios, que já abrigaram sede de governo, para visitação do turista e morador da cidade. A exposição "Corredor da História", sobre o instrumento musical que deu origem à guitarra baiana e eletrizou o Carnaval de Salvador, por exemplo, é um bom motivo para ir ao Palácio Rio Branco. Localizado na Praça Municipal, pode ser considerado o mais antigo dos palácios da Cidade da Bahia. Sua história começa em 1549, quando foi erigido em taipa. Seu atual aspecto, no entanto, data de 1919, depois de ter sido bombardeado em 1912, a partir do Forte de São Marcelo, durante o governo J.J. Seabra.

Hoje a antiga sede do governo abriga O Memorial dos Governadores e exposições transitórias. O Rio Branco chegou a ser sede, também, da Prefeitura de Salvador mas o estado precário fez com que as autoridades transferissem o executivo municipal para outros locais, um dos quais o Solar Boa Vista, em Brotas. Decidido a levar de volta a Prefeitura para o centro da cidade, e por não obter a cessão do Rio Branco, o então prefeito Mário Kertész (1986-1989) inaugurou o Palácio Thomé de Souza, defronte à antiga sede da prefeitura.

Thomé de Souza, novidade na paisagem do centro

Da Praça Municipal vamos até as proximidades do Campo Grande, onde fica outra construção que já foi sede e residência do governo do estado. Quando o Rio Branco foi bombardeado, o então governador (o turista pode saber sobre cada um deles no memorial do Rio Branco) José Joaquim Seabra comprou, se mudou e mandou ampliar o Palacete dos Moraes. Para isso, utilizou parte do Passeio Público, próximo ao Forte de São Pedro. Na época, houve protesto popular.

Hoje também abriga museu e o cerimonial do Governo. A transformação da residência em cerimonial e museu foi obra da primeira-dama Solange Coelho, esposa do então governador Nilo Coelho (1989-1991). A residência oficial já havia sido transferida para a antiga casa de veraneio, o Palácio de Ondina desde 1967, e o governo para o Centro Administrativo da Bahia, às margens da Avenida Luiz Viana Filho (Paralela). O Aclamação abrigava instituições responsáveis por obras assistenciais presididas pelas primeiras-damas do estado.

Aclamação, o solar que virou sede de Governo

Mesmo com a utilização, sob protesto, de parte dos jardins do Passeio Público para ampliação do Palácio do Governador, ainda sobraram espaços, como o jardim defronte ao museu e os jardins laterais, onde fica o teatro Vila Velha, um dos mais tradicionais e antigos da cidade.

Entrada do Passeio Público onde está o teatro Vila Velha

Jardim suspenso defronte ao Aclamação

Nenhum comentário: