Camerata Popular do Recôncavo conduzirá os cânticos (Foto: Aline Trettin) |
A trezena de Santo Antônio é uma tradição de toda a Bahia e faz parte dos festejos juninos há mais de 200 anos. É uma festa tão importante que nas casas de famílias católicas é realizada com a presença de amigos, regada a lanches típicos durante todos os dias. Em alguns locais, a trezena é cantada. Para preservar a tradição, algumas instituições realizam a reza, a exemplo do que acontece na capela do Forte de Santo Antônio da Barra, onde fica também o tradicional farol, um dos cartões postais da cidade.
No Santo Antônio Além do Carmo, além da trezena rezada na igreja histórica do bairro, a praça em frente tem festa de largo, com barracas de comidas e bebidas típicas, shows musicais, concursos de quadrilha junina, com a participação de moradores. Este ano, no Santo Antônio, a festa de largo terá apenas cinco dias de duração, embora a trezena, dentro da igreja, continue com a duração normal. Um acordo neste sentido foi firmado entre a Prefeitura, os moradores e o Ministério Público.
Para os turistas que gostam do Centro Histórico de Salvador e querem conhecer de perto a tradição do Santo Antônio, o mais popular dos santos no Brasil, o Teatro do Sesc/Senac, no Pelourinho, realiza há sete anos o tríduo, a reza dos três últimos dias da trezena. O objetivo, de acordo com os organizadores, é contribuir para a preservação da manifestação cultural-religiosa nordestina. O evento acontecerá de 11 a 13 de junho, com a Camerata Popular do Recôncavo conduzindo os cânticos, às 19h, e entrada gratuita.
A Volante do Sargento Bezerra conduz o arrasta-pé no segundo dia do tríduo |
Reverenciado no dia 13 de junho, Santo Antônio, mais conhecido como o "santo casamenteiro" é considerado o mais popular santo do Brasil e recebe a maioria das simpatias realizadas no mês de junho. Sua especialidade: arrumar maridos! Mas também é conhecido por ser o santo padroeiro dos pobres e invocado para se achar objetos perdidos. Em sua homenagem, até hoje reza-se por 13 dias invocando o Divino Espírito Santo e oferecendo a devoção a Santo Antônio. O número 13, no caso, refere-se ao dia em que Santo Antônio, que nasceu nobre e teve o nome de Fernando de Bulhões, antes de entrar para a ordem dos franciscanos, em Portugal, faleceu. Diz-se que a tradição tem origem em Bolonha, na Itália, após uma senhora, que tinha grande devoção pelo santo e, precisando de uma graça, visitou por nove dias seguidos o altar dedicado a ele, na Igreja de São Francisco, orando pela intercessão do santo na solução de seus problemas. O pedido atendido fez a fama de Santo Antônio se espalhar e deu início à prática. Logo, os nove dias transformaram-se em 13, já que a data lembrava a morte do santo, em 13 de junho de 1231.Os festejos em honra a Santo Antônio foram trazidos para o Brasil pelos portugueses, e aqui sofreram influências dos índios nativos e do povo africano que era trazido como escravo. O ingrediente principal para as comidas típicas é o milho, pois é no mês de junho a época de sua colheita e, segundo a tradição, muito tempo atrás as pessoas já comemoravam a data com celebrações, oferecendo pratos feitos com o milho para os santos Antônio (13/06), João (24/06) e Pedro (29/06), pela boa colheita no mês.
Serviço
O que: Tríduo de Santo Antônio com a Camerata Popular do Recôncavo
Onde: Praça José de Alencar (Largo do Pelourinho), 19, Centro Histórico
Horário: 19h
Quando:
11 de junho: Reza cantada em Homenagem aos Artistas. Show: Quadrilha Fonte de Vida
12 de junho: Reza cantada em Homenagem aos Namorados.Show: Volante do Sargento Bezerra
13 de junho: Reza cantada em Homenagem a Luiz Gonzaga. Show: Trio Antônio José e Sala de Reboco
(Fonte: Sesc/Senac Pelourinho e Salvador em um dia)
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