Bela tradição: fitas enfeitam gradil e revelam fé do baiano (Rita Barreto/Setur) |
E não é que a bola da Copa do Mundo FIFA 2014 tem um quê de Bahia? Apresentada no Rio de Janeiro esta semana, o colorido da nova pelota, que ganhou o nome de Brazuca (com z mesmo), foi inspirado nas fitinhas do Senhor do Bonfim, um dos ícones da religiosidade da Bahia. Quem gostou foi o secretário do Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, que comemora os ganhos do estado com o marketing espontâneo em torno de seus atrativos. “As fitinhas do Bonfim são utilizadas pela Bahiatursa em todas as feiras internacionais de turismo e representam a principal lembrança da Bahia para os turistas”, disse.
As cores e a representatividade do souvenir estão impressas nos desenhos dos sete painéis que compõem a Brazuca, com o objetivo de representar a alegria do futebol brasileiro. As fitas do Senhor do Bonfim são tradicionalmente chamadas também de "medidas" pois quando foram criadas mediam o tamanho da imagem histórica que fica na famosa igreja da Cidade Baixa.
Elas fazem parte da história da Bahia desde o século XVIII e podem ser vistas nas grades do adro do templo ou nos braços de baianos e turistas. A principal crença em torno dela dá conta de que ao amarrar a fita no pulso o fiel deve fazer três pedidos (um para cada nó). Quando a fita se rompe naturalmente, significa que os pedidos serão atendidos.
Recentemente, a Secretaria de Turismo (Setur) anunciou que as fitas, após muitos anos, voltarão a ser fabricadas na Bahia e usando o algodão como matéria-prima em lugar do atual material sintético das fitas produzidas em São Paulo. Quanto às cores, cada uma representa um orixá do Candomblé. O Senhor do Bonfim, padroeiro da igreja mais famosa de Salvador, assim como Oxalá, o orixá da Criação, são representados pela fita branca. (Com informações e foto da Setur/Bahia)
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