Ônibus quebrado: que jeito, se conformar e esperar... |
Se existem pessoas que merecem respeito somos nós, usuários do transporte coletivo de Salvador, principalmente pela paciência com o serviço prestado na terceira capital turística do país. Quer saber por quê? Olha nas fotos apenas um dos exemplos...
Depois de passar mais de uma hora (das 15h45 até por volta das 17h10, levando em conta o horário em que esta repórter chegou ao ponto defronte ao Hospital Sarah Salvador, na Avenida Tancredo Neves) esperando o transporte coletivo da linha 914 (Stiep R3, da empresa BTU) e de embarcar em um ônibus lotado eis que os passageiros tiveram a grande surpresa: ainda no bairro seguinte ao Stiep, de onde o veículo saiu (fim de linha Vale dos Rios) o motorista teve que parar o veículo devido a um "pneu furado" (na foto, logo abaixo do número de ordem).
Passageiros pacientes aguardam a solução do problema |
Entre a insatisfação de uns e a resignação (e descrença em soluções) de outros, o motorista foi acomodando os passageiros nos ônibus de outras linhas ou empresas que paravam no ponto defronte à Igreja Universal, na Avenida Antônio Carlos Magalhães, região do Iguatemi. Como estávamos perto de onde fica a garagem da empresa BTU, proprietária do veículo, liguei para o número de reclamação (anotem, para quando precisarem - 71 3111-3131). A pessoa que atendeu pediu para esperar, enquanto transferia a ligação para a gerência. Demorou e a ligação caiu.
Veículo de reboque da Transalvador a postos para tirar o ônibus da avenida |
A esta altura havia passado mais um bom tempo (estávamos por volta das 17h30) e o caminhão-guincho da Transalvador já estava a postos para rebocar o ônibus da BTU, que empatava o trânsito na Avenida ACM. Não o fez a pedido do motorista. Liguei de novo para outro número de reclamação da empresa (anotem também e usem quando necessário - 71 3431-7747), informei que a ligação tinha caído, que havia passageiros esperando, que a empresa poderia, ao menos, mandar outro veículo. A pessoa que atendeu - um rapaz - disse que não havia veículos para isso. Informei-lhe, então, que iria começar a fotografar, já que todos temos celular com câmera. A resposta, em tom de descaso: "então fotografe", o que me fez pensar no porquê da resignação dos meus companheiros de infortúnio, usuários do mesmo ônibus naquele momento.
Caminhão-mecânico da BTU chegou, mas outro ônibus da linha, não |
Já atrasada para o compromisso, finalmente consegui falar com a gerência da BTU na quinta ligação, e fui ouvida por um senhor de nome Leandro, que também disse que não haveria como mandar um ônibus substituto da garagem naquele momento. Pelo menos mandou o caminhão-mecânico para encher o "pneu furado". Tal qual disse que faria ao primeiro preposto da BTU que me atendeu (e que pareceu dar pouca importância ao que ocorria com os passageiros da sua empresa naquele momento) tirei algumas fotos para este post.
"Pneu furado" sendo calibrado enquanto isso... |
Enquanto ocorria o procedimento de calibragem no "pneu furado" do BTU-3697, finalmente apareceu outro veículo da linha 914 (de número BTU 3712) que levou os passageiros que optaram por esperar. Embarcados no ônibus já lotado, vimos passar por nós (um atrás do outro) mais dois veículos da linha 914 e, um deles, possivelmente, deve ter sido o do "pneu furado".
Passageiros, conformados, esperam que passe outro ônibus da mesma linha |
Não é preciso dizer que uma pessoa que estava no ponto de ônibus da Avenida Tancredo Neves às 15h45, para pegar o transporte coletivo e assistir ao início de sua aula às 18h com visita técnica em uma emissora de TV no fim de linha da Federação, conseguiu, a muito custo, chegar às 19h20. Ou seja: um percurso de no máximo 50 minutos foi feito em três horas e 45 minutos. Vale ressaltar para o turista que visita Salvador que a linha 914 serve ao bairro onde está o Centro de Convenções da Bahia, pelo menos seis hotéis, passa por três dos principais e maiores shoppings da cidade, pela catedral de uma das maiores religiões evangélicas do país em número de fiéis, pela Estação Rodoviária de Salvador e bairros da Barra, Rio Vermelho e Graça! É por estas e outras que o bordão pegou: "imagine na Copa!"
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