quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A arte como diferença: bloco faz releitura de obra de Tarsila

Bloco homenageia artistas que fazem a diferença no Carnaval de Salvador

Ainda as marcas criativas. Em ano de Copa do Mundo, quando a maioria deve ir atrás da bola e do verde e amarelo, uma releitura da artista plástica modernista Tarsila do Amaral (1886-1973) fará a diferença em um dos blocos do Carnaval de Salvador. "Arte faz a diferença" foi o tema que o Vá que depois eu vou escolheu para sair na avenida em 2014.

Capitaneados por dois amigos de infância (os fundadores Jayme Quintas e Ricardo Pedreira), levando moradores antigos e seus descendentes, amigos e turistas, no tradicional bairro do Politeama (cujo nome foi emprestado de um dos antigos teatros da histórica capital baiana), os 500 integrantes da agremiação, acompanhados por banda de sopro e percussão, desfilam no sábado, 1º de março, pelo Circuito Osmar (Avenida 7 de Setembro).


Local da concentração: Politeama de Cima, um dos bairros antigos de Salvador


A releitura do quadro de Tarsila está diretamente ligada ao tema do Carnaval de Salvador (É diferente). A ideia partiu de um dos fundadores do bloco, o professor de arte e gestor na área de educação Jayme Quintas. A obra escolhida, 'Operários', mostra as diferentes raças que construíram São Paulo, que acaba também homenageada no ano em que se comemora os seus 460 anos de fundação. Rostos de artistas famosos da Bahia foram inseridos em meio aos rostos dos trabalhadores retratados por Tarsila.

"Pensei que cada artista era um operário da festa e da alegria do Carnaval, e cada qual muito importante, incluindo nós, os foliões anônimos. Dai a frase Operários, A arte faz a diferença e no fundo, você faz a diferença", explica o professor, criador da camisa do bloco. "O folião que participa do nosso bloco também  faz a diferença. Por que faz a diferença? Porque sim, pegando carona no slogan do nosso patrocinador, a cerveja Skin", brinca.

Instituto Feminino (dois museus) no antigo local do Teatro Politeama

As chaminés da obra original foram substituídas por ícones turísticos da Bahia, para mostrar que "o turismo é a nossa indústria, gera trabalho para o baiano". Para não deixar de divulgar também a Copa do Mundo, a latinha-personagem aparece como torcedor da seleção brasileira, conclui.

Jayme Quintas é gestor em educação, funcionário público estadual há 30 anos, 23 dos quais em sala de aula e também leciona em escolas municipais.

Quintas, de óculos, e o samba no esquenta do Vá... em 2013


Turistas do Maranhão aproveitando a folia na avenida (2013)


Bailarinos da Liberdade acompanham os foliões e ensinam passos de dança

Para quem quer ver o efeito plástico do Vá que depois eu vou na avenida, o bloco sai, acompanhado de banda de sopro e percussão, sem cordas, no sábado, 1º de março, às 13h30 do Politeama de Cima e faz o percurso mais tradicional do Carnaval de Salvador, seguindo pela Avenida 7 de Setembro (Circuito Osmar) até o Edifício Sulacap, retornando pela Rua Carlos Gomes. O esquenta começa com show de um grupo de cordas (violões, cavaquinhos e percussão) que toca e canta sucessos carnavalescos da MPB, músicas de carnavais antigos, músicas dos carnavais de hoje e muito samba. 

O bloco leva a galera de todas as idades (na avenida em 2012)

Serviço
O quê: bloco de sopro e percussão Vá que depois eu vou
Quando: desfile sábado de Carnaval, 1º de março, a partir das 13h30
Onde: concentração, a partir das 9h30, no bairro Politeama de Cima (centro antigo) e desfile no Circuito Osmar (avenida)
Quanto: a camisa vai custar R$ 100, com direito a uma tradicional feijoada (feijão preto) e bebidas (cerveja, água e refrigerante) 
Informações: (71) 8125-7082 e (71) 8753-6749

Um comentário:

Unknown disse...

Já saí no bloco e digo, é bom demais!!! só família...todos juntos, na paz....brincando como nos antigos carnavais!!!! Amo esse bloco, saio sempre!!!! Axé!!!