terça-feira, 14 de maio de 2013

Polêmica da fila foi o tema de hoje do seminário do Carnaval

Blog Salvador em um dia
Os debates aconteceram no Teatro Jorge Amado

Descobrir um critério para a organização da fila de desfile de blocos em Salvador foi um dos temas principais do primeiro dia do seminário sobre o carnaval da Bahia que acontece até quinta-feira, 16, no Teatro Jorge Amado, na Pituba. Os 40 anos dos blocos Afros foi sugerido para tema do Carnaval 2014 e, ainda, a criação do Museu do Carnaval.

Organizado pela Câmara Municipal com apoio do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) e participação de representantes das entidades carnavalescas da cidade, a mesa-redonda contou com importantes sugestões. O pesquisador da Ufba Paulo Miguez defendeu o critério cultural para a organização das filas nos circuitos.

"Há muito tempo que a fila passou a se tornar um esquema de negócios e o critério de antiguidade está obsoleto. Como organizar? Acredito que a ordem deve ser ancorada na cultura, levando em conta a plasticidade e com a descontração dos grandes artistas", declarou Miguez. Ele defendeu a criação do Museu do Carnaval para resgatar a história da maior festa da cidade.


Adolfo Nery, da Central do Carnaval e do bloco Camaleão, acredita que o melhor seria um diálogo entre as entidades. "O sorteio como critério para a fila é possível, mas seria melhor um diálogo. Um bloco como o Internacionais aceitaria? Ele que sai há 40 anos no mesmo horário por tradição iria aceitar? Temos que organizar os desfiles, mas primeiro temos que organizar os espaços", ressaltou.

Antônio Carlos dos Santos Vovô, do Illê Ayiê, acredita que as entidades que estão na fila de um determinado dia poderiam entrar em consenso e escolher quem desfilará primeiro. "A fiscalização do desfile deve ser cobrado da prefeitura e do Conselho, mas podemos dialogar e entrar em consenso", afirmou Vovô, sugerindo ainda os 40 anos dos blocos Afros como tema do Carnaval 2014.

O seminário teve boa participação de entidades e autoridades da festa

Na mesa de abertura, o vereador Claudio Tinoco , relator do seminário, afirmou que apenas 20% das pessoas que residem em Salvador brincam o Carnaval, porém o evento impacta quase 50% das residências da cidade. Ele terá 15 dias para apresentar um documento com propostas de possíveis mudanças e melhorias.

O primeiro dia foi encerrado com o debate "A Copa e o Carnaval", com presenças de Ney Campello (Secopa), Isaac Edington (Ecopa) e do forrozeiro Zelito Miranda. (Fonte e foto: ComCar)

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