sexta-feira, 10 de maio de 2013

Crônica de um bairro: Stiep exala encanto


(Texto: Assessoria Geral de Comunicação Social da Prefeitura de Salvador)

Cercado pelos bairros do Costa Azul, Pituba, Jardim Armação, Boca do Rio e Paralela, o bairro do Stiep possui características peculiares. Ao mesmo tempo em que se apresenta num formato residencial, concentra grandes e diversificados empreendimentos comerciais, educacionais, de lazer e turismo.

Instituições como a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o Hospital Sarah Kubitschek, o Centro de Convenções da Bahia, o Centro Universitário da Bahia (FIB / Estácio), o Hotel Matiz e o escritório regional da Petrobras Distribuidora enriquecem o cenário do bairro.


O Stiep começou a ser povoado no final da década de 60 com a construção de casas para funcionários da Petrobras. Seu nome origina-se da sigla Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Extração de Petróleo da Bahia, que há décadas mantinha sua sede instalada nesse local. Posteriormente, foram construídos dois conjuntos habitacionais do antigo BNH e só no final da década de 90 é que começou a construção de grandes prédios empresariais.

Recanto de artistas - Por ser um bairro tradicional, possuir características de cidade interiorana e uma localização geográfica privilegiada, o Stiep é o lugar onde anônimos e artistas se misturam. Figuras de destaque da Bahia, como o cantor Netinho; o diretor do Balé Folclórico da Bahia, Vavá Botelho; e o músico Fábio Rocha, ex-baterista da Banda Eva, já moraram no bairro e puderam aproveitar da sua beleza.

A cantora Mariela Santiago e o ator Frank Menezes vivem há décadas no Stiep e estão lá até hoje. Morando há 30 anos no local, Frank ressalta o conforto e segurança do bairro provenientes da situação geográfica, em função de ser um pequeno morro com curvas, ter muitas ruas e apenas uma saída. Ele chama atenção à forte presença da natureza: 

- Existem no Stiep vendedores de vassouras, de cesto de roupa, de peixe, camarão, feijão verde, amolador de tesouras, todos com seus cantos de mercador". E acrescenta: na minha rua tem mangueira, abacateiro, cacaueiro, gravioleira, pitangueira e caramboleira! E todo dia é visitada por sabiás, assanhaços, maritacas, gavião, e vários outros que não sei identificar", relata.

História de morador - Um dos moradores mais antigos do bairro, Karl Franz, chegou ao local em 1973 e foi ali que criou os cinco filhos. Hoje, além de morar no local, Franz possui um escritório e no mesmo terreno as filhas já casadas construíram suas residências.

"Comprei meu lote na primeira etapa que foi vendida ao público num consórcio com o antigo BNH. Um belo dia vindo pela orla eu me deparei com esse lugar maravilhoso e comprei. Era tudo areia e plantas nativas. Vivo aqui até hoje, onde tenho meu escritório, minhas duas filhas, que são casadas, construíram suas casas no fundo.", lembra. Amante da natureza, adotou a Lagoa dos Pássaros, a qual cuida com satisfação. Em épocas de seca, ele chegou a escavar buracos a fim de brotar água, faz capinação no local e coloca comida para os micos e pássaros. Em frente à sua residência, ele construiu um pequeno parque com bancos, plantas e aparelhagem para ginástica.

As lagoas dos Frades e dos Pássaros são lugares mágicos para manter contato com a natureza. Nelas se pode encontrar diversas espécies de pássaros, micos e até mesmo outros tipos de animais silvestres, de acordo com relato da moradora Rita Cristina, que chegou ainda aos 11 anos no bairro. Ela conta que era comum se deparar com serpentes rastejando pelo bosque e que certa vez surgiram vacas pastando à margem da lagoa. Na época de sua adolescência, saía com a meninada para colher mangas e maracujá e catar andu nos arredores das dunas, às margens da lagoa.

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