Vista da Cidade Baixa: Forte de São Marcelo, Mercado Modelo e Monumento ao Povo Baiano |
É praxe. Se está em Salvador, vá a um dos mirantes ver como é bonita a vista da Cidade Baixa a partir da Cidade Alta. Erigida em (e entre) colinas, o que não faltam à Cidade da Bahia são mirantes. É turista, chegou de navio, com pouco tempo (em média, cerca de oito horas) para o passeio, e quer ver pelo menos alguma coisa sem se afastar muito? Fique por ali mesmo, nos arredores do Comércio, bairro onde está o Porto de Salvador. Pode fazer o passeio a pé. Depois suba e faça a foto do que viu.
O Mercado Modelo, o Forte de São Marcelo, aquele ali, no meio do mar, que já recebeu visitantes mas atualmente está fechado, e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia (da qual, na foto, vê-se apenas o telhado e torres) são algumas das atrações. A igreja, com fachada em mármore, foi montada com as peças fabricadas e trazidas de Portugal, em 1736. Foi erguida onde havia uma capela. É possível ver ruínas da igrejinha original.
O outro lado do São Marcelo, o "umbigo da baía", e a Cidade Alta ao fundo, visto de um cruzeiro |
No Forte de São Marcelo já existiu um museu. Hoje aguardamos uma definição do Iphan para o monumento, cujos canhões, no passado, marcavam as horas da cidade. Foi ali que um prisioneiro (Bento Gonçalves (1788-1847), líder da Revolução Farroupilha (1835-1845), a Guerra dos Farrapos) teria fugido a nado em 1837. Terá sido ele a inspiração para a famosa fuga de "O Conde de Monte Cristo", do escritor francês Alexandre Dumas (1802-1870)? O forte é uma das três únicas fortalezas em formato (quase) redondo (o São Marcelo não chega a tanto) construídas em bancos de areia no mar ou rio. Há uma localizada na Costa da África e outra em Portugal (Forte do Bugio, na foz do rio Tejo).
Fonte luminosa do escultor Mário Cravo Jr, também conhecida como monumento ao povo baiano |
Voltando ao passeio, na imagem vê-se, ainda, a fonte luminosa criada pelo artista plástico Mário Cravo nos anos 60 (século XX) que recebeu, por seu formato, apelidos impublicáveis dados pelos bem-humorados soteropolitanos. O II Distrito Naval, a rampa do mercado, onde os saveiros aportavam com os produtos do Recôncavo que abasteciam Salvador, e Terminal Náutico, de onde saem embarcações com destino à Ilha de Itaparica, Morro de São Paulo e outras cidades, compõem o restante do cenário.
Bonfim, visto do mirante da Praça Municipal |
Depois, suba pelo Elevador Lacerda (a opção seria o Plano Inclinado Gonçalves, mas está fechado) até a Cidade Alta. Pelo elevador, o destino é a Praça Municipal. Pelo Plano, o turista desembarca na Praça da Sé. Pronto, chegou a dois dos mirantes do Centro Histórico. Descendo a Rua Chile, chega-se à Praça Castro Alves. Seguindo pela Rua da Misericórdia, chega-se ao Belvedere da Sé, que hoje insistem em chamar de Praça da Cruz Caída. Na própria Praça Municipal, há um mirante para uma bela foto. Puxando um pouco a vista, ou o zoom da câmera, pode-se avistar a Ilha de Itaparica e a Península de Itapagipe, com a igreja do Bonfim, para compor a sua cena
Estes são apenas alguns dos mirantes da cidade. Outros são encontrados no Corredor da Vitória ou restaurantes charmosos do bairro do Santo Antônio Além do Carmo ou, ainda, no Solar do Unhão (Avenida do Contorno), na área do Parque de Esculturas (com obras dos artistas Mário Cravo e Caribé) do Museu de Arte Moderna da Bahia e nos Aflitos. Bom passeio!
Elevador Lacerda, Mercado Modelo e Baía de Todos os Santos, com Itaparica ao fundo |
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