Ontem comi um escondidinho de carne de sol com pirão de aipim (não é purê; aqui no Nordeste comemos é um bom pirão) que estava uma delícia. Foi lá no Salão do Turismo, no Centro de Convenções, onde tenho passado as tardes "passeando" pela Bahia. Não tenho fotos; estava com as duas mãos ocupadas, saboreando uma das comidas típicas nordestinas que mais gosto. O serviço foi ótimo porque a moça da barraquinha, na Feirinha do Mauá, atendeu ao "capriche aí, porque ainda não almocei até agora". Delícia.
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Quininho de Valente se apresentou no palco de shows |
Fui parar na feirinha seguindo o som que vinha do palco, por volta das 18h, onde Quininho de Valente cantava um forró do bom. De quebra, quem estava perto do palco ganhou um CD com músicas do artista. Provei, ainda, um doce de uva com gergelim e coco que estava genial. Sim, é preciso provar o sabor de tudo. Aproveite, porque o que não falta ao salão é a degustação de iguarias da Bahia.
Mas voltando ao trabalho, o bom do evento é que os participantes e visitantes ganham um banho de cultura baiana. Passei uma parte do tempo conversando com o professor de história e assessor da Secretaria de Cultura do município de Saubara, Agenor Santana, sobre a riqueza cultural daquela cidade do Recôncavo Baiano (região em torno da Baía de Todos-os-Santos).
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Professor Agenor e o vice-prefeito de Saubara, Marco Quintas |
O estande é pequeno, mas o vice-prefeito e secretário de Turismo e Meio Ambiente, Marco Quintas Gonçalves, que está presente desde o primeiro dia, enfatizou o destino praia que Saubara é e itens culturais como a gastronomia (com desgustação todos os dias de uma iguaria local), exposição de panelas e tachos de barro (ainda hoje usados por moradores) e o artesanato, representado pela renda de bilro, que, enfatizou o professor, tem diferenciais das rendas produzidas em outras regiões e é exportado até para a Europa!
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Bilros de madeira de Saubara |
Fiquei lembrando de antigamente (adoro lembrar de antigamente), quando visitava, vinda de férias do Rio de Janeiro, a localidade que ainda era distrito de Santo Amaro da Purificação. A foto principal do estande é a de uma trançadeira de palha (de nicuri), cujo ofício as trançadeiras exercem por herança familiar. Fui lembrando e perguntando se ainda existia ao professor Agenor e ele confirmando: colar de coquinho de nicuri (licuri ou ouricuri), que íamos comendo como se fosse uma oração do terço (Deus me perdoe a comparação), fieira de peixe seco (do costume antigo de salgar e secar o pescado ao sol para durar mais tempo, já que não existia geladeira, ele explicava), entre outras peculiaridades que foram me voltando da memória. Recomendo parar e conversar nos estandes. Há muito o que aprender sobre cada lugar.
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Detalhe da bolsa de capim dourado emoldura a orquestra de berimbaus |
Mais adiante, me encantei por uma bolsa de capim dourado, em exposição no estande de São Desidério. A Bahia tem artesanato de capim dourado (aquele mesmo que é famoso no Jalapão, em Tocantins). De acordo com Eduardo Assis, da operadora Expeleo Adventure, são mais de 40 itens, entre bolsas, bijuterias, descanso de pratos e por aí vai. O forte do turismo no município é o de aventura.
Por falar em fotos, como tem opção de fazer fotografia neste salão! Caso não leve a sua câmera, há fotógrafos disponíveis nos cenários Ciclorama, onde dá para escolher entre Fonte Nova, Pelourinho, Bonfim, Farol da Barra, Itacaré e Chapada Diamantina. Não é que a galera gosta mesmo é de posar na frente do gol da nova arena de futebol da Bahia? Muito mais do que subir a escadaria do Bonfim. A paisagem de Itacaré, com uma rede ao bom estilo baiano, também é das mais procuradas, diz a fotógrafa Isabel Sant'Ana.
No estande da Equilibra Digital há também um fotógrafo que faz a sua foto com a moldura do salão. A foto vai direto para o seu facebook. Sai melhor do que aquelas que a gente faz no espelho.
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Jornalista Fernanda Mattos e o chéf Uelcimar Santos, do Senac, na Cozinha Show |
Não deixe de ir até a Cozinha Show (e cá estou falando de alimentos de novo), da Abrasel e parceiros, aprender uma receitinha, ouvir dicas de chéfs especializados e degustar a receita que aprender. É só chegar, sentar e esperar que alguém lhe entregue uma pastinha com a receita e o avental de brinde. A jornalista Fernanda Mattos (desta vez acertei, viu Fernanda?) é a apresentadora e faz as perguntas que nós faríamos, em caso de dúvida, para facilitar a compreensão da plateia.
Mais alguns detalhes do salão...
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Mini barcaça de secagem das sementes de cacau do estande da Ceplac |
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Bolsa de capim dourado. Em São Desidério custa R$ 40 |
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Leve dinheiro: há produtos do interior como mel e biscoitos de goma |
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Atração para crianças: Rafinha admira um dos golpes de capoeira dos Gangara |
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Atração para crianças: a pequena Ianny saltita sobre a maquete da Bahia |
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Secretário Leonelli visitou os estandes. Aí ,com Marcelo Cerqueira do GGB |
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De repente, Lampião e Maria Bonita passam correndo com uma baiana! |
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E só se vê na Bahia: saltenha de Itaparica em forma de caranguejo |
Bom, chega. A entrada é franca e o evento, promovido pela Secretaria de Turismo do Estado (Setur), vai até domingo, 14, das 14 às 20h, no Centro de Convenções da Bahia, Praia de Armação, em Salvador.
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