BC atende internautas e Cora Coralina terá nome em moeda

O nome da poetisa Cora Coralina será incluído na moeda comemorativa em homenagem à Cidade de Goiás (GO), primeira capital do estado e conhecida como Goiás Velho. Com a decisão, o Banco Central do Brasil atende à reivindicação de integrantes das redes sociais na internet. Ao verem as imagens da nova moeda, eles perceberam o poema sem o nome da autora. O objetivo do BC é homenagear as cidades brasileiras consideradas Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Salvador (BA) é uma delas. Ouro Preto (MG) e Brasília já tiveram suas moedas lançadas.

Inicialmente, na imagem da moeda da Cidade de Goiás, divulgada pelo Banco Central , não havia a citação do nome de Cora Coralina; apenas o trecho de seu poema Minha Cidade em uma das faces. O texto em questão foi extraído, com o consentimento da família da poetisa, de acordo com o BC, do livro Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, e diz: “Eu sou estas casas/ Encostada/ Cochichando umas com as outras”. A mudança será possível porque a moeda ainda não foi cunhada. O lançamento será em novembro, com valor de R$ 5, mas como é peça para colecionadores deverá custar R$ 145.

Cora Coralina (1889-1995) é a filha mais ilustre da antiga capital do estado de Goiás. Ela nasceu Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas, era doceira, tinha quatro filhos e só publicou seu primeiro livro de poemas aos 75 anos de idade.

Para que ninguém esqueça, o Centro Histórico de Salvador (conjunto urbanístico e arquitetônico de estilo predominante renascentista e barroco) , desde 1985,  é uma das dez cidades brasileiras que ostentam (no todo ou em parte) o título de Patrimônio Cultural da Humanidade concedido pela Unesco. A Bahia consta, ainda, na lista de Patrimônio Natural da Humanidade com as reservas de Mata Atlântica da Costa do Descobrimento, onde estão cidades como Porto Seguro e Prado.

O título de Patrimônio Cultural da Humanidade é concedido pela Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (Unesco) a monumentos, edifícios, trechos urbanos e até ambientes naturais de importância paisagística que tenham valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico. Em todo o mundo, 830 bens, situados em 138 países, são considerados patrimônios universais, dos quais 644 são Culturais, 162 são Patrimônios Naturais e 24, mistos. 

O Brasil aderiu à Convenção do Patrimônio Mundial em setembro de 1977. Em seu território existem 17 bens listados pela Unesco, sendo sete Naturais e dez Patrimônios Culturais: a cidade histórica de Ouro Preto (MG - 1980), centro histórico de Olinda (PE - 1982), ruínas Jesuítico-guaranis de São Miguel das Missões (RS - 1983), centro histórico de Salvador (BA - 1985), Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG - 1985), Brasília (Plano Piloto-1987), Parque Nacional da Serra da Capivara (PI - 1991), centro histórico de São Luís (MA - 1997), centro histórico de Diamantina (MG - 1999) e o centro histórico da Cidade de Goiás (GO - 2001).


Os Patrimônios Naturais da Humanidade no Brasil são o Parque Nacional de Iguaçu; Mata Atlântica: reservas do Sudeste; Costa do Descobrimento: Reservas da Mata Atlântica (BA); complexo de conservação da Amazônia Central; área de conservação do Pantanal; áreas protegidas do Cerrado: Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas; e Ilhas Atlânticas Brasileiras: Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas.

Em tempo: se o turista que estiver em Salvador quiser saber um pouco mais sobre moedas comemorativas, antigas ou especiais há um museu especializado no Centro Histórico. Trata-se do Museu Eugênio Teixeira Leal (Rua J. Castro, com funcionamento de terça a domingo).

Fonte: Agência Brasil, Portal Brasileiro de Turismo.