Vista da Pituba com o campo de futebol do Colégio Militar e os prédios da sua orla |
O bairro da Pituba é passagem obrigatória para quem faz um passeio pela orla marítima de Salvador. Fica a cerca de 15 km do aeroporto internacional Luís Eduardo Magalhães, a 14 km do centro histórico e a 6 km do Centro de Convenções. É um bairro com bons hotéis e restaurantes, com praias de ondas fortes mas de bela paisagem, que pode ser contemplada da praça principal, a Nossa Senhora da luz, da nova praça, a Wilson Lins, ou ao longo do calçadão, entre a Amaralina e o Jardim dos Namorados.
Praça Wilson Lins, onde havia um clube, é o novo espaço de contemplação do mar |
Originário de uma fazenda, cujo nome significa, segundo algumas versões, "maresia", é mesmo comum, em determinadas épocas do ano, sentir o forte cheiro de maresia e de algas que se espalham na areia da praia.
A antiga "estrada da Pituba" é hoje a Avenida Manoel Dias da Silva |
Conta a história que sua origem data de 1600, de uma fazenda pertencente ao capitão Felipe Correia. O capitão construiu uma capela de taipa, colocando ali a imagem de madeira, de 53 cm, trazida de Portugal na mesma a Imagem trazida de Portugal, de talha de madeira, medindo 53 centímetros, que ainda estaria conservada na atual igreja de Nossa Senhora da Luz, cuja torre pode ser vista na imagem abaixo, defronte à praça que leva seu nome.
A Praça Nossa Senhora da Luz e a torre da matriz ao fundo |
Ainda segundo a história, relatada no porta da paróquia, "durante os anos de 1610 a 1642, sendo atendente espiritual do litoral baiano, compreendido entre o Rio Vermelho e a Vila de Abrantes, o artista e religioso do Mosteiro de São Bento, Frei Agostinho da Piedade, o grande escultor e ceramista, fez para a capela da Pituba uma Imagem de Nossa Senhora da Luz, de barro cozido, e policromado, que é uma relíquia preciosa de quando o Brasil amanhecia, a qual no ano de 1949 foi restaurada, sendo reencarnada. Os herdeiros do capitão Felipe Correa, capitão Manoel Gonçalves Saraiva e sua esposa Francisca Ferreira e o irmão desta, Francisco Ferreira, restauraram a capela pelos anos de 1663."
A praça fica entre as avenidas Manoel Dias da Silva e Otávio Mangabeira |
Em 1949, o casal Joventino Pereira e Alcina Guimarães da Silva iniciaram a construção da igreja, concluída e inaugurada em 1955, para devoção à Nossa Senhora da Luz. Mas a história deste bairro, de classe média alta, localizado entre Amaralina e o Jardim de Alah, e que hoje se estende a áreas ainda consideradas de seus entorno, como Iguatemi, Itaigara, avenidas Antônio Carlos Magalhães e Magalhães Neto, começa realmente com o planejamento de suas ruas, obra de Joventino Silva e seu cunhado, o mineiro Manoel Dias da Silva que planejou o bairro e suas ruas.
Pituba foi um bairro planejado e é um dos poucos todo plano em Salvador |
O projeto do loteamento, assinado pelo engenheiro civil Teodoro Sampaio, publicado em 1919 foi aprovado pela prefeitura em 1932. Em 1964 a sua principal avenida foi batizada com o nome de Manoel Dias da Silva, enquanto que Joventino Silva foi homenageado como o nome do Parque da Cidade, hoje localizado no desmembramento do bairro da Pituba conhecido como Itaigara.
Fim-de-linha da Pituba e ao fundo os prédios da região do vizinho Itaigara |
Tem um forte comércio, muitas clínicas, escolas, o Teatro Jorge Amado, localizado defronte à praça Nossa Senhora da Luz, bancos, hotéis, prédios de luxo e restaurantes, entre outros equipamentos de lazer. Sua igreja já teve a tradicional lavagem mas por decisão dos moradores, a festa de largo foi transferida para outro local e acabou. A Festa da Pituba durante muito tempo fez parte do calendário de festas populares da capital baiana. (Leia mais sobre a Pituba no portal da paróquia e no portal do bairro. Fotos: silvianasci/salvadoremumdia)
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