A boa notícia do dia é a confirmação do show em comemoração aos 70 anos de Gilberto Gil, no Teatro Castro Alves, nos dias 18 e 19 de maio. Concerto de Cordas & Máquinas de Ritmo é o nome do espetáculo que terá participação especial da Orquestra Sinfônica da Bahia. Recentemente, Gilberto Gil fez uma apresentação em Salvador, ao lado da filha Nara Gil e do músico Pedro Moraes, no Afrobailão, evento que acontece aos domingos, 20h, no Padaria Bar, do Rio Vermelho. Na ocasião, desfilou sua boa forma e performance musical.
Caso esteja em Salvador, o turista mineiro ou carioca terá a opção de ver o espetáculo aqui, na terra do músico, mas da agenda constam, ainda, apresentações em Belo Horizonte (Palácio das Artes), nos dias 25 e 26, e Rio de Janeiro (Theatro Municipal), no dia 28. Em julho, o artista parte em turnê pela Europa, para apresentações na Inglaterra, França, Itália, Alemanha, entre outros países.
Gilberto Passos Gil Moreira nasceu no dia 26 de junho de 1942, no bairro do Tororó, em Salvador. Filho do médico José Gil Moreira e de dona Claudina, ainda pequeno foi com os pais, viver em Ituaçu (terra de Moraes Moreira), a 470 km da capital baiana, município considerado a porta de entrada, ao sul do estado, para a Chapada Diamantina. Na época, ainda criança, ouvindo o rádio, sofreu influência, revelou mais tarde, das canções de Luiz Gonzaga. Depois de oito anos, os pais voltam a Salvador. Na Faculdade de Administração, da UFBa, conhece Caetano Veloso, Maria Bethania, Gal Costa e Tom Zé. Impossível falar sobre Gil sem citar os companheiros musicais durante tantos anos. O primeiro violão ganhou de Dona Claudina e a primeira apresentação artística aconteceu no teatro Vila Velha (que ainda existe em Salvador, no passeio público, ao lado do Palácio da Aclamação). Foi em junho de 1964. Fez sucesso, foi exilado (e viveu em Londres), retornou ao Brasil.
Quando Gil e Caetano Veloso retornaram à Salvador, depois do exílio em Londres, eu estava no avião em que eles embarcaram, no aeroporto do Galeão. Era criança. Não sabia quem eram. Lembro de ter estranhado as roupas e os cabelos. Pareciam, para mim, hippies. O pouco tempo em que os vi, foi durante o trajeto no ônibus entre a saída da sala de embarque e a aeronave. Lembro também de que, ao pousar em Salvador, a aeronave foi direto para a Base Aérea, e que ficamos um longo tempo dentro do avião, antes de desembarcarmos e sermos transportados, de ônibus, para o então Aeroporto 2 de Julho. Nem percebi que os "hippies" os quais tinha estranhado haviam ficado por lá. Mas isso já é outra história...Impossível citar tantas das canções que Gilberto Gil compôs ao longo de 50 anos de carreira, mas é importante ressaltar que além das belíssimas melodias, a sua obra poética de (r)existe sem a música, o que é tudo o que um compositor-poeta poderia almejar! Antes de ir ao show, sugiro que leia "Flora", "A linha e o Linho", "Metáfora", "Drão", a apoteótica "Domingo no Parque", a engajada "Refazenda", a linda versão "Só chamei porque te amo" ou a sua favorita do repertório e confira se não tenho razão! (Silvia Maria Nascimento)Serviço
O que - Concerto de Cordas & Máquinas de Ritmos
Quem - Gilberto Gil e Orquestra Sinfônica da Bahia
Quando - 18 e 19 de maio, às 21 horas
Onde - Teatro Castro Alves (Campo Grande, Salvador)
Ingressos - bilheteria do TCA, SACs Barra e Iguatemi
Informações - 71 3117-4899
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