A decisão foi tomada pelos representantes das sete maravilhas mundiais da natureza, reunidos no último domingo, 27, em Puerto Iguazú, Argentina, e em Foz do Iguaçu, no Brasil. A promoção turística dos sete destinos, eleitos pelo público em votação através da internet, serão trabalhadas em conjunto na promoção turística. O objetivo é fazer dos destinos uma marca mundial. Cada uma das maravilhas irá incorporar à sua publicidade as imagens de todas as demais, mas a ideia é, no futuro, um roteiro integrado.
Será uma tarefa bem difícil integrar todas elas em um único roteiro, já que estão a grandes distâncias umas das outras. Foram eleitas como maravilhas da natureza as Cataratas do Iguaçu (Brasil e Argentina), a Amazônia (Brasil e Peru), a ilha de Jeju (Coreia do Sul), o rio subterrâneo de Puerto Princesa (Filipinas), a baía de Halong (Vietnã), o Parque Natural de Komodo (Indonésia) e a Montanha da Mesa (África do Sul).
Ao final do congresso, a fundação suíça New Seven Wonders e os representantes das maravilhas assinaram uma declaração na qual se comprometem a trabalhar em conjunto para aproveitar as oportunidades que "resultam de nossa única e variada presença no mundo, promover o turismo sustentável e iniciativas de desenvolvimento econômico e social, além de adotar iniciativas em favor de melhorias na educação e no meio ambiente".
O presidente da New Seven Wonders, Bernard Weber, apresentou no congresso o projeto de criação de um memorial para ser instalado em cada um dos atrativos. O monumento incluirá as imagens de todos os outros. Bernard Weber disse que nas três maravilhas já consagradas - as Cataratas, Puerto Princesa e Baía de Halong – a receptividade da população foi impressionante e a repercussão positiva. No caso das Cataratas, disse, "a campanha mostrou a união dos dois países para a eleição" e comprovou "que a natureza não tem fronteira".
Para Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação Social da Itaipu, presidente do Fundo de Promoção e Desenvolvimento do Iguaçu e representante no Brasil do Comitê Local de Apoio às Cataratas, a conquista do título de uma das sete maravilhas contribuirá para que o Destino Iguaçu se fortaleça no mercado internacional. No lado brasileiro, o número de turistas de outros países tem decrescido nos últimos anos, devido principalmente à supervalorização do real. A queda da moeda brasileira, aliada à divulgação obtida com a eleição das Cataratas, deve contribuir para ampliar a participação de estrangeiros, limitada a um quarto dos visitantes do Parque Nacional do Iguaçu, no lado brasileiro, informa.
Até quatro ou cinco anos atrás, lembrou Piolla, o número de estrangeiros representava 60%, dos quais a metade era do Mercosul. Mais recentemente, o percentual de visitantes dos países do Mercosul diminuiu. De janeiro a abril de 2011, entraram no parque 516.671 visitantes, dos quais 281.004 brasileiros e 235.667 estrangeiros (metade do Mercosul); no mesmo período deste ano, o número aumentou para 545.025 visitantes - 286.399 brasileiros e 258.626 estrangeiros. O ano passado fechou com cerca de 1,4 milhão de visitantes, um crescimento de 10% sobre 2010. Segundo Piolla, em 2012, o crescimento não será tão expressivo devido à crise internacional, que afeta quase diretamente o turismo, inclusive internamente. Ele diz ainda que a preocupação do setor turístico de Foz do Iguaçu não é apenas com o crescimento do número de turistas. "A ideia não é aumentar quantitativamente, mas qualitativamente", disse.
O destino Iguaçu vai investir em turismo de eventos, inclusive os corporativos, reforçar sua vocação como destino de lazer para as famílias, oferecer as opções de ecoaventura, ainda pouco exploradas, apesar de todo o potencial do Parque Nacional do Iguaçu, e difundir ainda mais o turismo de compras, com a intenção de atrair a classe média, já que Ciudad del Este hoje rivaliza, em qualidade de produtos e no tempo de lançamento, com outros grandes centros de consumo mundiais, informa Gilmar Piolla. (Fonte: Itaipu Binacional)
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