A rendeira Deise Souza, 28 anos, perpetua a tradicão de família, aprendida em Santana da Ilha de Maré. Ela faz demonstracão da produção no estande de Salvador. Deise conta que aprendeu o oficio aos 9 anos de idade. A artesã manuseia com habilidade os bilros. Segundo Deise, uma peça pequena leva 15 dias para ficar pronta, mas há peças em que gasta até um mês. Além de ver as rendas, o visitante ainda poderá ouvir as histórias das ilhas. Josmar das Neves e Renato Neves explicam que a grande maioria dos moradores de Maré têm o sobrenome Neves, obtido historicamente a partir da invocação da padroeira das ilhas, Nossa Senhora das Neves. A lenda diz que a santa foi a responsável por proteger os moradores dos vilarejos de Maré durante os ataques de holandeses, contam eles. Outra atração do lugar é o doce de banana de Dona Véia, avó de Josmar. Enrolado em folha de bananeira, o produto é natural, feito com a fruta produzida na região. Renda e doce podem ser comprados na localidade de Santana, em Ilha de Maré. Para conhecer os produtos, é só visitar o estande de Salvador no I Salão Baiano de Turismo, no Centro de Convenções, até sabado, 19.
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