Festa da Lavagem do Bonfim é patrimônio imaterial nacional

Protegida pelo Iphan festa é patrimônio do Brasil (Foto: max Haack/Agecom)

Os fiéis que participarem da Lavagem do Bonfim nesta quinta-feira, 16, a partir das 8h, terão mais um motivo para comemorar: a festa religiosa mais popular da Bahia recebeu o título de Patrimônio Imaterial Nacional. A solenidade de entrega do título foi realizada nesta quarta-feira, pela manhã, na famosa Basílica da Cidade Baixa, em Salvador, em presença de autoridades e sacerdotes.

Na mesma manhã os soteropolitanos receberam de volta uma de suas principais praças, o Largo de Roma rebatizado com o nome de Praça Irmã Dulce em homenagem à primeira beata da Bahia. A obra foi realizada pelo governo do estado, mas o prefeito ACM Neto anunciou que o município vai investir R$ 2,5 milhões em um projeto que vai integrar o largo com o Santuário de Irmã Dulce. O complexo integra o roteiro de turismo religioso da capital baiana.

Autoridades assistem á missa comemorativa ao título de patrimônio

Acompanharam a solenidade realizada na Igreja do Bonfim, além do prefeito de Salvador, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o governador Jaques Wagner, a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, o superintendente do órgão na Bahia, Carlos Amorim, o bispo auxiliar da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, Dom Marco Eugênio, e o padre da paróquia, Edson Menezes.

O registro para instituição da festa como Patrimônio Cultural Brasileiro foi aprovado em junho do ano passado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan. Um das mais importantes eventos do calendário religioso da cidade é marcado pela convivência entre fiéis católicos e do Candomblé. Realizada desde 1745, ela é composta de novena, cortejo religioso e lavagem, apresentação de ternos de reis e missa solene e celebrações iniciadas um dia após o Dia de Reis (6 de janeiro). A tradicional lavagem acontece na segunda quinta-feira após esta data. (Fonte: Agecom Salvador)