quarta-feira, 2 de maio de 2012

De volta ao Mosteirinho da Graça


A pequena Igreja de Nossa Senhora da Graça (ou mosteirinho), sob a sombra de oitis, charmosa, localizada no bairro de mesmo nome, encanta a todos que a conhecem e aos turistas que visitam Salvador. Aqui no blog também. A pedido de um leitor, volto com mais algumas fotos, em especial do túmulo de Catharina Paraguaçu, mulher de Diogo Álvares, Caramuru, que para agradá-la e a seu pedido mandou erigir a capela original no local onde hoje está o mosteirinho, pertencente à Ordem dos Beneditinos. Vejam as fotos a seguir.

Bem vindos. É fácil encontrar a igrejinha com suas portas abertas a visitação
Antes de entrar, observe no chão, o suporte de ferro que era usado no passado para limpar os sapatos sujos da lama e do barro da rua que não tinha calçamento. Observe, também, a placa explicativa sobre a construção, que não é a capela original mandada construir por Catharina Paraguaçu. "A Igreja e Abadia de Nossa Senhora da Graça apresenta forma primitiva de mosteiro beneditino, construído sob planta de Frei Gregorio de Magalhães em 1645 e reconstruído no século XVIII."

Ao lado direito de quem está de frente para o altar-mor
A placa em mármore indica o local onde ficam os restos mortais de Paraguaçu. Lê-se nela: "Sepultura de D. Catharina Alvares Paraguassu, senhora que foi desta capitania da Bahia, à qual ella e seu marido Diogo Alvares Corrêa, natural de Vianna derão aos Senhores Reis de Portugal - edificou esta capella de Nossa Senhora da Graça e a deu com as terras annexas ao Patriarca S. Bento em o anno de 1582".

A sepultura no chão da antiga capela que mandou erigir

Lado direito da Igreja da Graça com a placa histórica


"O bairro da Graça, considerado como um dos mais importantes logradouros da cidade de Salvador - Capital do Estado da Bahia - nasceu dentro de uma área da Aldeia Tupinambá inicialmente com a denominação de Vila Velha(...)Tem-se referência do surgimento deste templo um nicho em barro construído pela kunhã (esposa) tupinambá de um português chamado Diogo Álvares Correia, que durante a gravidez sonhou com uma linda mulher branca carregando uma criança e pedindo-lhe abrigo." (Adelindo Kfoury Silveira, no Pequeno Histórico da Igreja de Nossa Senhora da Graça). No teto e em pinturas expostas na sacristia a cena do sonho é retratada.


Horário de missas e visitação ao monumento histórico

O fidalgo português Diogo Álvares Correia nasceu em Viana do Castelo, Portugal, em 1475 e faleceu em  Tatuapara, Bahia, em 5 de outubro de 1557. Depois de um naufrágio, foi encontrado pelos índios tupinambás nas pedras da atual Praia da Mariquita, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Acolhido pelos índios, e respeitado por eles, casou-se com a filha do cacique, que mais tarde levaria em uma viagem à Europa, quando foi batizada na França com o nome de Catharina. Sua história é cercada de lendas mas, consta que teve importante papel no contato entre os índios e os portugueses, no início da ocupação das terras que viriam a se tornar o Brasil. Veja outras fotos aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezada e querida Silvia Maria...
Agradeço o que de minha parte há a agradecer seu agrado e atenção
para com a Primeira, e Imensa Mãe
do Povo Brasileiro como um todo...
Isso é honra e é júbilo no coração de todos...
O nome é algo intocável e agradeço a certeza que você me proporcionou
e como aqui contam as indicações estarei lhe enviando com todo carinho algo de que é fruto de
minha pesquisa e, desempenho poético...
Grande abraço e se és mãe aquele parabéns estremecido...
Walter de Arruda
Do: www.recantodasletras.com.br